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BalCast #33 – Entrevista com Fernando Ventura

Tempo de leitura: 9min

Na publicação de hoje, você irá conferir uma entrevista com um cara bem especial para mim, um amigão. Estou falando do Fernando Ventura.

Como você já sabe, o meu podcast é mais direcionado para o público que quer empreender, que quer dar uma alavancada em suas carreiras profissionais, querem receber uma injeção de boas idéias.

Eu já entrevistei pessoas de diferentes ramos, como humorista, empresário, terapeuta, e sempre tento trazer dessas pessoas algo que está escondido e que fez muita diferença no sucesso de cada uma.

Confira, então, como foi o bate-papo com o Ventura…

RB: Você é conhecido na mágica, e começou novo, ou seja, não era um empreendedor, não era um empresário, era alguém que queria ser artista…

FV: Mais ou menos, eu nunca tive muito esse lance de querer ser famoso não. Mas com 17 anos eu via um mercado que pagava bem para uma pessoa da minha idade na época e era legal. Morava na casa dos pais, as pessoas gostavam do que eu fazia e começou mais ou menos assim.

RB: E 20 anos depois, ele é um cara que dá treinamentos, ensina hipnose em cursos online e presenciais e já teve empresa de mágicos. Eu quero conhecer um pouco da história do Fernando Ventura, quero que você conte para eles o que você fazia naquela época, conte sua parte empreendedora… e vamos aprender com isso.

FV: Bom, vamos lá. Eu comecei a trabalhar eu tinha 14 anos, mas eu fui trabalhar por não me sentir confortável em pedir dinheiro para os meus pais para sair, ir a um cinema… essas coisas que adolescente da nossa época fazia. Eu achava justo ganhar o meu dinheiro para isso.

RB: E isso veio de onde? Sempre foi assim? Porque os adolescentes hoje em dia acham justo pegar o dinheiro dos pais.

FV: Acho que é de criação. Eu venho de uma família onde minha mãe era dentista, meu pai trabalhava com processamento de dados, que hoje seria um TI, e não tiveram uma vida fácil. Eu sempre ouvi a história deles, de como eles batalhavam para conquistar a vida que nós tínhamos. E uma curiosidade é que eu fui escoteiro, entrei com 7 anos e fiquei até os 22 anos mais ou menos. E lá eu fiz os melhores amigos da minha vida, lá eu formei minhas crenças, meus principais conhecimentos, e eu devo muito a essa fase da minha vida.

Aí o pessoal que era do grupo de escoteiros começou a trabalhar em buffet infantil, e eu fui também, fazia de tudo: faxina, era garçom, cuidava das crianças… e todos meus amigos trabalhavam lá, então era muito divertido. Eu ganhava R$ 10,00 por festa. E eu tinha que chegar de manhã, ajudar na faxina do buffet, montar a festa, ajudar com as bebidas e alimentos, trabalhava na festa e depois ajudava na arrumação do final. Então quando eu trabalhava bastante eu tirava R$ 80,00, R$ 100,00 no mês. Na verdade, era uma grande diversão, porque eu estava com meus amigos, apesar de ser um pouco exploratório.

RB: Mas isso faz a diferença, . Eu acredito que não tenha nenhum problema a criança trabalhar. O que é um problema é deixar de estudar, não se divertir… mas se ela se diverte, trabalha e estuda, acredito que é um diferencial lá na frente.

FV: O que é complicado é a criança ser responsável pelo sustento de uma casa. E isso meus pais nunca fizeram. O que eu ganhava era só para mim, então trabalhar sempre me fez bem.

Então eu trabalhava das 08:00 e às vezes ia embora meia noite. E o sem vergonha de um mágico (digo isso porque ele trabalhava menos e ganhava mais), chegava, ficava em uma salinha, colocava o traje de mágico dele, apresentava por 45 minutos e ganhava R$ 150,00, e eu ganhando R$ 10,00 o dia todo. E eu gostava de mágica, na época passava o David Copperfield no Fantástico e eu assistia, então a mágica era algo presente. E eu conversei com o dono do buffet dizendo que eu pretendia entrar no meio de animação, então quando tivesse uma oportunidade eu trabalharia nesta parte e quando não trabalharia como antes. E então eu comecei a fazer escultura de balão, aqueles bichinhos. E naquela época ninguém fazia, não encontrava material fácil. E eu consegui aprender com um amigo a fazer isso e passei a ganhar R$ 70,00 por festa. Depois lançaram na televisão um curso de balão, ai estourou e todo mundo fazia, o preço foi lá embaixo e eu com a história do mágico na minha cabeça. Comecei a pesquisar e achei curso na Academia Brasileira de Artes Mágicas, que hoje não existe mais. Fiz o curso, que eram 10 sábados e você aprendia 30 mágicas e comecei a trabalhar nos buffets, cobrando R$ 100,00. Tinha dia que eu fazia 2, 3 festas.

RB: Espera aí, vamos voltar um pouquinho. Normalmente a história do mágico é diferente. É o cara que tem o sonho de ser mágico, e começa a brincar para depois começar a pensar em vender o trabalho lá na frente. A sua é diferente.    

FV: Na verdade eu estava dentro de um local onde tinham pessoas com possibilidades de ganho completamente diferentes e eu via um cara que era a estrela da festa, todo mundo gostava do cara, ele ganhava bem e trabalhava muito menos. E eu era o cara que chamavam para passar pano no chão quando caia um copo. Não que isso seja um desmerecimento, mas eu poderia contribuir muito mais com o conhecimento que eu tinha na época. E eu comecei a ver a possibilidade de fazer algo interessante, que as pessoas ficavam encantadas e ganhar muito melhor, então minha visão no momento foi essa. Logo que eu comecei já me convidaram para o Mc Dia Feliz, e na época não pagavam para os mágicos irem. Então eu distribuía para as crianças uma caricatura minha com o meu telefone embaixo. E eu falava para as crianças: “lembra o papai e a mamãe de chamarem o mágico para o seu aniversário”. E por causa deste evento eu fechei 3 shows.

O Google daquela época eram os anúncios no final da Revista Veja, e com o dinheiro dessas 3 festas eu anunciei. E na mesma semana eu fechei 6 festas. Depois começou a virar bola de neve.

RB: E você sempre tratou isso como negócio?

FV: Eu sempre tive em mente diferenciar o meu trabalho da minha vida pessoal. E quando você é mágico as pessoas não entendem que aquilo é o seu trabalho, elas acham que você tem que fazer mágica toda hora em todo lugar. E eu sempre fui aquele mágico que nunca andou com baralho no bolso. Primeiro que eu não tenho essa necessidade de exposição e eu sei que se eu começar a fazer mágica em uma festa não vão me deixar parar. Já tive que fazer em vários momentos em que eu não quis, até para não ficar uma situação desconfortável. Mas eu sempre levei como um negócio – com amor e carinho – mas tratando como o meu trabalho. E assim como você, eu sempre busquei um diferencial.

RB: Isso que eu achava legal, porque sempre que eu entrava no seu site tinha algo novo. Isso sempre é uma necessidade sua até hoje de não parar quieto em uma coisa só?

FV: Eu tenho uma necessidade de conquist
a. Na mágica eu cheguei onde eu queria chegar, atingi meu objetivo, tive uma das maiores empresas de ilusionismo no brasil, trabalhava com vários eventos. Tive, por exemplo, um contrato de 5 anos com o Hospital Albert Einstein, onde eu tinha mágicos de domingo a domingo, pelo menos 8 horas por dia em todas as unidades, que eram 5. E os mágicos tinham liberdade de fazer o trabalho deles por fora também. E nós trabalhávamos com humanização hospitalar, e não tinha nenhum mágico fazendo isso, e junto com eles nós desenvolvemos esse trabalho e o Einstein, através do nosso trabalho, ganhou vários prêmios internacionais.

RB: E esse trabalho o que era?

FV: Os mágicos ficavam circulando por todo o hospital. Em fila de espera, no setor oncológico… obviamente tinha toda uma preparação psicológica também, para que eles não fossem tão afetados com as situações dentro do hospital. E o Einstein até hoje tem esse trabalho.

Que história, hein?! 

Para conferir a entrevista completa, não deixe de ouvir o podcast no topo da página!

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SOBRE
RAFAEL BALTRESCA

Professor e palestrante desde 1999. Formado em Engenharia Eletrônica, iniciou sua carreira dando aulas de cálculo numérico e lógica de programação em escolas especializadas em reforço ao universitário.

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