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As máscaras que usamos fora do Carnaval

É no Carnaval que usamos as mais divertidas fantasias. Tem máscara de bicho papão, de anjinha, diabinha, bebê com chupeta e até do político da moda. E é nessa folia que travestimos nossa personalidade, usamos toda a criatividade e parecemos ser bem diferente de quem somos… mas, e se eu te disser que é justamente o oposto? Talvez, se olharmos de perto, veremos que é no Carnaval que tiramos todas as máscaras para nos fantasiar com nosso verdadeiro eu.

Mais do que imaginamos, as fantasias fazem parte da nossa vida. No trabalho, temos que nos vestir, pensar e agir conforme regras da empresa. Em casa não tem patrão, mas tem esposa ou marido mandão, que vai nos moldando e esculpindo um outro alguém. Fora de casa, à frente do Gerentão do Banco, não podemos ir de chinelo gasto, bermuda amassada e nem com aquela camiseta rasgada, o uniforme preferido do churrascão.

Com os amigos, então, nem se fala. É bom termos um carrão, um terno impecável ou uma bolsa que dá para sacar o preço só pela marquinha. Não, nesse mundo não posso SER… sou obrigado a PARECER.

E aí? Onde ficou nosso verdadeiro EU? Cadê aquele menino espontâneo que fazia trouxinhas de feijão dentro da folha de alface? E aquela menina artista que rolava no chão levando lambidas do cachorro? Onde esconderam nossa essência? Quem foi que tirou a verdade de nossas mãos? Quando vão nos devolver de nós mesmos?

Pois é… eu que achei que era no Carnaval que as pessoas se fantasiavam. Quanta ingenuidade! Todo mundo se fantasia todos os dias; em casa, no trabalho, com parentes, amigos e, pior de tudo, vestimos do que queremos parecer para enganar quem realmente somos.

Eu quero é que tenha Carnaval todos os dias, para não mais me esconder nas máscaras que um dia alguém criou. Quero pular serpentina, cantar desafinado e dançar sem me importar se alguém está vendo. Quero uma vida de Carnaval, onde posso até ficar nu, afinal, foi assim que aprendi quando nasci, antes de alguém me fantasiar e chamar de vestir.

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SOBRE
RAFAEL BALTRESCA

Professor e palestrante desde 1999. Formado em Engenharia Eletrônica, iniciou sua carreira dando aulas de cálculo numérico e lógica de programação em escolas especializadas em reforço ao universitário.

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