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Crossfit da procrastinação

Depois de mais de um ano passando diariamente em frente à academia, resolvi entrar. Tomei vergonha na cara e parei de procrastinar o meu plano em focar na saúde, equilibrá-la com minhas tarefas profissionais e ganhar aquela barriga tanquinho, ombros largos, torneados e um corpo sarado. Bom, a última parte ainda não está exatamente assim. Digamos que a saúde melhorou.

      Comecei a fazer o tal do Crossfit há 6 meses. No começo, era um inferno. E quando falo inferno, acredite. Era um inferno mesmo.

      Acordar mais cedo que o normal, negar aquele café da manhã caprichado e encarar uma hora de corrida, flexões, saltos, escaladas e uma outra porção de genialidades criadas para te fritar não estavam no planejado.

      Bom, isso foi há seis meses. Com o tempo, coragem matinal e um despertador que grita mais que o Galvão Bueno, fui me acostumando.

      No Crossfit descobri algo bem interessante: toda vez que terminava um exercício, inventava a desculpa de “molhar a boca”; ia tranquilamente ao bebedouro e voltava mais tranquilo ainda. No caminho, avistava um banco e pensava: “ah, só 15 segundos de descanso não vão atrapalhar o meu treino”. Bom, depois de três minutos eu ainda estava lá. Esse era o momento de pensar no próximo exercício: 15 flexões de braço. Já batia a preguiça. Lentamente ia para o chão, ganhava mais alguns segundinhos cumprimentando alguém que passava e começava o suplício infernal. Um, dois, três… e então vinha o pensamento: “acho que não vou aguentar”…. quatro, cinco, seis… já começava a pensar em parar. Sete, oito, nove.. mais um… dez. Chega.

      E a bola de neve da preguiça começava novamente rumo ao próximo exercício.

      Demorou, mas cheguei à conclusão de que o que estava me impedindo de treinar corretamente não era meu corpo, mas minha mente. Notei que quando não dava tempo para “viajar na maionese” e começava o próximo exercício – sem pensar, sem pestanejar – era mais fácil.

      Aprendi um segredinho que funciona. Às vezes, pensar demais cria uma bola de neve mental eterna.

      Hoje, quando termino um exercício, já me coloco de joelhos (não para rezar, como você deve estar pensando), mãos ao chão e começo as flexões. Não me permito calcular, refletir, viajar… Olho para baixo e foco exclusivamente no agora.

      Vi também que isto serve para outras tantas áreas da minha vida. Este texto, por exemplo. Estou há 2 semanas pensando no momento que vou ter tempo para escrevê-lo. Resolvi usar o mesmo sistema. E não é que deu certo?

      Entenda uma coisa: é incrível planejar-se. O problema é quando confundimos “usar tempo para planejamento” com “procrastinar até não poder mais”.

      Quer que algo aconteça no futuro? Então comece AGORA MESMO.

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SOBRE
RAFAEL BALTRESCA

Professor e palestrante desde 1999. Formado em Engenharia Eletrônica, iniciou sua carreira dando aulas de cálculo numérico e lógica de programação em escolas especializadas em reforço ao universitário.

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