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O casamento ideal

Como no início de namoro, o emprego novo é sempre uma delícia para as duas partes – o colaborador sente-se valorizado por ser contratado e a empresa entusiasmada com a ‘alma nova’ na equipe.

Começo de namoro é uma beleza. O início de carreira ou de um novo emprego também. No primeiro caso é docinho pra cá, chuchuzinho pra lá, um beijinho aqui, dois abraços acolá. Quanto amor e paixão! Tudo é novidade, tudo é uma delícia, tudo é motivo para comemoração. Se a garota não gosta de chocolate, o rapaz vai correndo atrás de sorvete de morango. Se ele não gosta de salada, ela faz um esforço descomunal, sai da dieta e se entrega aos prazeres de uma deliciosa pizza quatro queijos com o amado.

Tem coisa melhor que começo de namoro? Tudo está bem, tudo está sempre legal. Quem nunca viveu um romance assim? O problema acontece depois de um tempo, quando nem tudo é motivo para tantas risadinhas. Um começa a olhar torto para o outro, não se ver todos os dias não é mais motivo de tristeza e, algumas vezes, um encontro acaba se tornando uma obrigação. É aí que eles começam a perceber que tudo está muito igual e, talvez, nunca mude. Seus pensamentos começam a fluir e a separação começa a rodear suas vidas nada mais apaixonadas.

Engana-se quem pensa que isso só acontece na vida pessoal. No mundo corporativo a tendência é reagirmos da mesma forma. Independentemente de qual é o emprego, a nova conquista é sempre motivo de regozijo. As pessoas sentem-se realizadas e motivadas com os novos desafios, o “frescor” da nova função gera um clima de entusiasmo e empolgação.

Como no início de namoro, o emprego novo é sempre uma delícia para as duas partes – o colaborador sente-se valorizado por ser contratado e a empresa entusiasmada com a ‘alma nova’ na equipe. Depois de um tempo, então, tudo volta ao normal e a crise de meio de namoro começa a aparecer. É chefe olhando com a cara feia para o colaborador, é o colaborador se deixando levar pela rotina e, como no namoro, o emprego começa a ficar sem gosto e sem muita perspectiva de prosperar.

Assim como no caso dos pombinhos, a solução deve ser pensada antes da crise. O colaborador deve ser estimulado, manter a expectativa por novos desafios, ter sua individualidade respeitada e o frescor deve estar no ar, mesmo com trinta anos de casa. Difícil? Sim. Impossível? Não. Muita gente diz que não suporta rotina. E quem suporta? Até mesmo um colaborador que trabalha das nove às seis, rotineiramente, pode fugir da mesmice em seu dia-a-dia. E cabe ao bom líder mostrar os caminhos e prover diferentes desafios que o faça sentir-se numa empresa que valorize sua garra e que mereça sua motivação.

Brindemos os namoros apaixonados, repletos de novidades, surpresas e carinhos diferentes todos os dias – tanto no âmbito pessoal como profissional. Porém, depende de cada um de nós fazer com que esse relacionamento se mantenha em clima sempre renovado, indo além e, quem sabe, chegando ao casamento ideal.

 

 

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SOBRE
RAFAEL BALTRESCA

Professor e palestrante desde 1999. Formado em Engenharia Eletrônica, iniciou sua carreira dando aulas de cálculo numérico e lógica de programação em escolas especializadas em reforço ao universitário.

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