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BalCast #31 – Meditação – Parte 1

Tempo de leitura: 6min

Hoje estou muito feliz, pois tive a honra de gravar uma entrevista com meu amigo Rafa Kraisch, nascido em Joinville, SC. O Rafa é um cara que eu conheço há quase 2 anos. Fizemos um curso de hipnose juntos, tivemos uma sintonia bacana durante o curso, rolou uma carona depois do curso e hoje o Rafa é meu amigo, colega de profissão. Ele é hipnotista!

Confira, abaixo, um pouco do que rolou nessa nossa conversa:

RB: Rafa, rapidinho, fala para nós um pouco sobre você.

RK: Meu nome é Rafael José Kraisch, mas hoje é melhor falar ‘Rafael Kraisch’, da mais sonoridade. Moro em Joinville, SC, tenho 34 anos, sou casado e tenho 3 filhos. Eu me apaixonei pelo ramo da hipnose desde o momento em que eu entendi o que era hipnose.

RB: E como você começou com a hipnose?

RK: Comecei há mais ou menos 15 anos atrás. Começou junto com minha jornada de autoconhecimento. Eu fazia arte marcial, meditava, praticava ioga, comecei a perceber como era a mente dentro da meditação e comecei a estudar ali, ‘sem querer querendo’.

RB: Vamos voltar então. Você fez que arte marcial?

RK: Eu fiz karatê. Sou faixa preta em karatê.

RB: Você é um perigo!

RK: Não, não sou mais [risos]. Já passou, já passou.

RB: E o Ioga, Rafa? Como começou?

RK: Ah! É muito louca essa história, porque a arte marcial era meu sonho. Quando eu era criança meu sonho era fazer igual o Van Damme, dando porrada na árvore. Com 11 anos eu ficava chutando a árvore e me quebrava todo. Ai minha irmã com pena de mim me colocou nas aulas de karatê. Eu tinha 11 anos. Mas na primeira aula o professor mandou a gente meditar. As pessoas desconhecem, mas o próprio nome ‘karatê’ é um nome da tradição zen budista ‘mãos vazias’, que é uma filosofia. Então a meditação zazen, que é aquela do japonês sentado sobre os calcanhares, olhos semicerrados é intrínseca a tradição do karatê. E eu me apaixonei, porque eu pensei “uau! quanto mais eu medito, mas eu chuto melhor, mais eu golpeio melhor”. E eu tive essa percepção com menos de 12 anos de idade. E foi uma paixão instantânea, eu não conseguia parar de meditar.

RB: Eu duvido que se eu falar para 10 pessoas: “quando você ouve a palavra karatê, o que vem à mente?” A maioria dirá: chute, soco, grito. E por último, talvez, a meditação.

RK: E quanto mais eu estudava karatê, mas eu meditava e quanto mais eu meditava, mais eu gostava da meditação e isso foi me levando para os livros de autoconhecimento e eu comecei a querer estudar cada vez mais meditação. Isso me levou para o Ioga, e a minha ênfase era aprender a meditar e eu comecei a meditar cada vez mais. Teve um longo período que eu meditava de 6 a 8 horas por dia, além de dormir. Eu era adolescente, tinha 14 anos, acordava às 04:00, meditava 3, 4 horas, até a hora de ir para a escola, depois voltava da escola às 12:00 e ao invés de jogar vídeo game, ver TV eu meditava. Então normalmente eu fazia 3 horas de manhã, 3 horas a tarde e mais 2, 3 horas a noite.

RB: Eu não consigo trazer isso na minha mente, um adolescente de 15 anos meditando 8 horas por dia.

RK: Meditava. E final de semana, às vezes, eu passava mais tempo meditando.

RB: O que você sentia na época? Tinha algo a ver com auto-hipnose?

RK: Depois é uma pergunta interessante de explicar. Muita gente me pergunta isso. Mas assim, era um estado muito prazeroso, extremamente prazeroso.

RB: Eu tenho certeza que muita gente que nos ouve vai começar a pensar em meditação. Às vezes uma semente que a gente planta aqui, floresce ali. Descreve para nós. O que sente uma pessoa que medita?

RK: Sabe quando você está apaixonado e tudo fica lindo? É mais ou menos isso que uma pessoa que pratica uma meditação regularmente sente.

RB: É uma espécie de plenitude?

RK: Plenitude é uma palavra muito forte. É uma espécie de ‘está tudo bem’, a mente está tranquila, vira uma segunda natureza. Então é um estado onde parece que está tudo certo, tudo bem. E na época eu seguia linhas filosóficas que davam ênfase a meditação, com objetivo de iluminação e tudo mais, então eu acreditava muito nessas coisas na época. Então além do fato da meditação ser uma pratica extremamente prazerosa, eu tinha muito de leva-la quase como uma religião. Eu usava a meditação como algo que limparia a minha mente e me levaria a um estado de transcendência espiritual, a iluminação. E assim, eu nem percebi quando eu entrei na meditação, porque de repente o karatê (ficar chutando, lutando) já não me dava tanto prazer. Eu levava o ioga junto com o karatê até os 18 anos, depois eu larguei o karatê e fiquei só com o ioga. E o ioga eu segui por muito tempo, mas nos últimos 3 anos entrei em uma nova fase, a hipnose.

RB: E a sua mulher você conheceu no ioga?

RK: A minha mulher eu a conheci porque na época eu trabalhava com a terapia reiki. E ela foi uma cliente minha. Então ela começou a ter vários processos emocionais.

RB: E como foi com a hipnose?

RK: A hipnose foi outro processo. Onde eu comecei a sair daquele estado de idealização religiosa, espiritual que o ioga dá, e eu comecei a perceber muitas coisas por trás de todos os movimentos lindos de religião. Eu comecei a achar que aquilo não fazia mais sentido, não só pra mim. Eu olhava para as pessoas, e mesmo aquelas ‘santas, iluminadas’ eram muito perdidas, mas perdidas em um contexto diferente.

Bom, como você já sabe, tem muito mais do BalCast pra você conferir e este foi só um trechinho de tudo o que rolou na minha conversa com o Rafa Kraisch. Ouça na íntegra a entrevista clicando no player que está lá no topo da página. 

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SOBRE
RAFAEL BALTRESCA

Professor e palestrante desde 1999. Formado em Engenharia Eletrônica, iniciou sua carreira dando aulas de cálculo numérico e lógica de programação em escolas especializadas em reforço ao universitário.

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