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BalCast #30 – Neurociência

Tempo de leitura: 5min

Dessa vez eu estou aqui para contar sobre o bate-papo incrível que tive com uma pessoa que admiro muito: é a doutora/professora/cientista Carla Tieppo. Confira, abaixo, um pouco do que rolou em nossa conversa.

RB: Carla, para quem não te conhece, fala um pouquinho o que você faz.

CT: Eu sou neurocientista desde o tempo em que ser neurocientista era voto de pobreza, né. Eu comecei a seguir carreira em 1993 e era voto franciscano você optar pela ciência, ainda mais no Brasil. Fato é que a neurociência cresceu e hoje estamos na era de ouro da neurociência. Isso são palavras do Kaku, que é um físico americano. Então hoje eu entrego neurociência, hoje é para todos. Nós consideramos uma solução educacional inédita, que entrega online, presencial, customizado.

RB: Carla, vamos direto ao ponto. Para quem não entende de neurociência, o que é?

CT: A neurociência é a conjunção de todas as ciências, de todas as pesquisas que envolvem o funcionamento do sistema nervoso. Obviamente que a principal aplicação disso é na saúde – na medicina, na enfermagem, na fisioterapia, na fonoaudiologia – porque o sistema nervoso é um sistema que governa a fisiologia do nosso corpo.

RB: O cérebro?

CT: É. O órgão que está dentro da cabeça é o encéfalo, o cérebro é só um pedacinho dele. Isso é algo da neurociência. Aquilo que todos chamam de cérebro, nós chamamos de encéfalo.

RB: E o que a gente chama de mente? Seria um software?

CT: É, então… na verdade a gente nem sabe se o cérebro está separado da mente. A grande bronca das pessoas com a história de que o cérebro seria a mente e que não justificaria você estudar a neurociência, porque se você estuda a neurociência você está querendo compreender o funcionamento do cérebro para entender como o ser humano funciona. E isso não faria sentido nenhum se houvesse uma mente, algo que está fora do cérebro. Ai eu teria que estudar a psique, a psicologia. Por isso há essa separação de neurociência para um lado e psicologia para o outro.

Mas se você for em uma universidade americana (Stanford, Harvard, MIT) você vai ver que o departamento de psicologia já mudou de nome, hoje ele chama ‘psycholog and neuroscience’. A neurociência já entrou dentro da psicologia completamente.

RB: Quer dizer: não adianta mais estudar a parte subjetiva da coisa, mas também algo objetivo, porque a neurociência, pelo que me parece, é muito objetiva.

CT:  É, ela trabalha com o que é tangível – está aqui o neurônio, a conexão, o algoritmo, o código que vai gerar essa informação, que vai gerar esse registro, que vai geral um sinal. Você deve ter visto na TV recentemente, um rapaz dirigindo um carro de Fórmula I com um eletroencefalograma bem simples. Colocaram um tetraplégico que havia sido piloto dentro de um carro de Fórmula I e com esse aparelho, detectando as ondas cerebrais dele, ele dirigiu o carro. Acelerou, virou a direção, só pensando. Como se fosse um controle remoto cerebral. E você já pode jogar vídeo game assim, mas agora estão aprimorando. Daqui a pouco vamos dirigir naves. Você vai chegar na sua casa e pensar “acende a luz” e a luz vai acender.

RB: E não te dá medo pensar nisso?

CT: Esse é o caminho que a gente procurou. Foi a forma que aplicamos a tecnologia que nos levou a isso. Quando a gente quer conversar com a ‘siri’, quando queremos bater papo com um computador e acha isso interessante, é isso o que nós estamos procurando. Steve Jobs dizia: “O teu consumidor não sabe o que ele quer, mas vocês tem que ler isso nas entrelinhas”. Então, nós dizemos com o nosso comportamento que é isso o que queríamos. A perspectiva é a seguinte – nós entramos em casa e avisamos para nossa secretária, que é um computador, que vamos nos mudar. Com essa informação ela contrata um caminhão de mudança, muda o endereço na cia de luz, telefone, banco, avisa os fornecedores… ai você pode fazer isso no Premium pagando (onde você terá sigilo do seu novo endereço) ou você pode fazer no Free, onde automaticamente seu nome será cadastrado em um novo endereço.

RB: E você acha que chega nesse nível?

CT: Não. Já existe isso.

Ahhh, nossa mente é fantástica, não é mesmo? E você não faz ideia de quantas coisas mais eu aprendi com a Carla nesta entrevista. Bom, para saber, é só clicar no player que está no topo da página! 😉

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SOBRE
RAFAEL BALTRESCA

Professor e palestrante desde 1999. Formado em Engenharia Eletrônica, iniciou sua carreira dando aulas de cálculo numérico e lógica de programação em escolas especializadas em reforço ao universitário.

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