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BalCast #24 – Inspiração

Tempo de leitura: 12min.

“A dúvida é o princípio da sabedoria.” – Aristóteles

Às vezes acontecem algumas coisas comigo que você aí do outro lado não vê… Como você sabe, publico semanalmente um novo artigo aqui no site, mas nem sempre é fácil arranjar inspiração para criar algo novo, fazer uma reflexão, algo que não seja mecânico. Bom é quando esta inspiração vem de uma forma natural.

Hoje, porém, eu não sabia o que escrever, sobre o que falar, nada me inspirava… Tenho até algumas entrevistas agendadas aqui para o meu BalCast, mas sabe quando falta algo? Por conta disso, resolvi falar justamente sobre inspiração, mas no sentido de criar, de fazer algo novo e não simplesmente uma inspiração para viver.

A minha grande pergunta é: como você faz quando quer criar algo diferente, como se inspira?

Se você já me acompanha há um tempinho, ou se pelo menos conhece o meu trabalho, leu algum outro artigo meu, ouviu algum conteúdo, palestra que eu tenha feito, não preciso nem explicar a importância deste tema para mim, não é verdade? A importância de se inspirar…

É mais do que óbvio que, principalmente hoje em dia, diferentemente da época de nossos pais e avós que estudavam para passar em concursos públicos e permanecerem fazendo a mesma coisa a vida inteira, estamos vivendo um momento onde quem sai na frente é aquele cara que se destaca na multidão, que é lembrado pelos seus feitos… Não é aquele cara que faz sempre as mesmas coisas. Somos lembrados pelo que fazemos de diferente do padrão, pelo “muito doido” e que não apenas copia o que já existe… você sabe muito bem disso. Quem não tem sal, não tem vida, está fora deste mercado novo. Ainda mais com essa molecada entrando junto (os youtubers) e que não quer trabalhar em escritório. Os caras inventam coisas malucas! Estamos vivendo em um mundo diferente…

Como é que você lida, então, com um pensamento do tipo “puts, preciso dar um gás na minha empresa, ou me mostrar um cara diferente…” Como é que a gente se inspira?

Para saber sobre este assunto, falar sobre inspiração, fiz uma enquete rápida: mandei uma mensagem para uns amigos no WhatsApp e para o pessoal que trabalha comigo perguntando o que eles fazem para se inspirarem a criar. Recebi várias respostas interessantes e… como é lindo a gente abrir um pouco a mente e não os ouvidos apenas, não é mesmo? Quem abre apenas os ouvidos não quer escutar; simplesmente ouve. Quem quer escutar o que o outro diz e abre a sua mente para isso, ganha um monte.

Obtive, então, várias respostas super interessantes, compilei-as e é sobre essas ideias que transcorre este artigo. Elenquei as seis que mais inspiram essas pessoas e, veja que interessante, a primeira delas, a que mais vinha como resposta era ouvir música. Eu esperava até algo mais didático, mais técnico, mas não. Música… e as pessoas falavam assim: “Não é a letra em especial, não é o cantor, não é a moral da história… mas música no sentido de deixar o coração fluir, deixar a mente relaxar”.

Quando falamos em música, estamos nos referindo a uma arte completa, não é mesmo? É normal, por exemplo, você ver um quadro uma vez e contemplá-lo, ir ao teatro uma ou duas vezes no máximo para assistir à mesma peça.. O mesmo podemos dizer para um show de mágica ou cinema. Mas música é interessante: você ouve 200 vezes a mesma música e parece que, a cada vez que ouve, curte mais. Acho que deveria haver uma ciência estudando o que acontece com a música que a difere tanto do teatro, da mágica, do cinema, da televisão. 

O que acontece? A música inspira… E pode criar um novo hábito também! Você já parou para pesquisar, se gosta de rock, por exemplo, sobre o rock argentino ou venezuelano? Tem uma banda argentina chamada Los Perros que é muito louca! Tem outra banda também, se não me engano da Venezuela ou talvez da Colômbia, chamada Los Amigos Invisibles que toca alguns rocks que eu gosto tanto, mas de outros lugares. Quando a gente mistura tudo isso, ouve a música de outra cultura, vai se abrindo para outros horizontes e essa inspiração vem ainda mais forte.

Sendo assim, o primeiro item da lista de ideias é: ouça música de todo lugar.

Segundo item que inspira muita gente é o ambiente. O ambiente inspira mesmo, note só: quando você vê a mesma parede, o mesmo armário, quando vê a mesma cômoda, a mesma coisa a vida inteira (e eu vejo muito isso acontecendo em repartições públicas), é muito triste! A pessoa acorda, chega de banho tomado no serviço, de café tomado e vê sempre a mesma coisa…. a mesma mesa cinza, que sempre foi cinza, a mesma parede azul… tudo igual! Isso cria um bloqueio mental criativo, parece que nosso cérebro aprende a falar “fique quieto, na boa, porque aqui é tudo igual…” . Então, quando você pinta a parede com uma nova cor, abre uma nova janela no seu quarto, muda os quadros, muda a mesa, coloca um prego onde nunca teve, quando a gente faz essa mudança estrutural (e isso é científico e estudado), você obriga o seu cérebro a fazer novas conexões. 

Você sabia que o seu cérebro é um bichinho preguiçoso? Se o seu cérebro pudesse escolher, ele optaria por duas coisas apenas: Netflix e Häagen-Dazs. O primeiro porque se trata de um controle remoto e você apenas, que pode ficar olhando para a televisão, parado, assistindo àquele vídeo e só. O segundo, o famoso Häagen-Dazs, ou se você preferir também um sorvete da Nestlé, da Kibon… não importa, é o que seu cérebro quer! Isso porque o sorvete permite a obtenção de energia pelo açúcar dele. Por consequência, você fica quieto, parado e calmo, assim como assistindo ao Netflix o dia inteiro. Mas você sabe muito bem, né? Vivemos em um mundo em que ficar parado, de braços cruzados, não nos leva a nada.

Então, mudar o ambiente, forçar o nosso cérebro a sair da inércia, mudar cores, quadros é um ótimo exercício para a sua criatividade porque você muda o ambiente e naturalmente começa a criar mais. Isso te inspira

O terceiro item da nossa lista é ver fotos e vídeos na internet, no Instagram, etc. Eu não sou um grande adepto das redes sociais (você deve saber disso), não fico expondo a minha vida no Facebook, mas, de vez em quando, perder 3 ou 5 minutinhos do seu dia, quando se está no banheiro ou relaxando para dormir, vendo coisas engraçadas, inusitadas, abrindo-se para algo novo, pode representar uma pequena atitude que chacoalha a sua mente. Essas pequenas atitudes vão inspirando você.

O quarto item (o que eu mais gosto) é viajar! Conhecer uma cultura diferente, um idioma novo, formas de agir e de pensar que te tiram do eixo, é muito legal! Quando você viaja, as coisas não dependem muito de você. Já em casa e no trabalho dependem. Digo que em uma viagem é diferente porque a cultura vai estar lá independentemente de você querer ou não. Viajar é abrir uma porta para a criatividade e para a inspiração< /strong>.

Certa vez, estive por um ou dois dias em uma cidade do Oriente Médio para uma conexão e vi aquelas mulheres com as burcas (uma espécie de pano preto que normalmente as cobre da cabeça aos pés). Fiquei desesperado! Quando as via no shopping, abrindo o véu preto, aquela coisa pálida, e comendo por baixo do pano achei bizarro, grotesco. Na praia, vi aquelas mulheres de burca levando as crianças e nem o pé delas aparecia.

Na hora, reagi negativamente àquilo, fiquei bravo, falei “isso aqui é um atraso”, mas também comecei a pensar como fazemos aqui no Brasil tantas coisas que para os outros são absurdas. Tornam-se parte do nosso hábito de uma forma fixa e as realizamos como se fossem as coisas mais certas do mundo. Então, tirando a parte de julgamento dessas mulheres de burcas, viajar te faz repensar o que você mesmo faz da sua vida, abre as suas fronteiras. E não precisa ir lá para o Oriente Médio, pode ser uma viagem para uma uma cidade ao lado da sua, que às vezes você pode ir de ônibus, e com isso brinca, diverte-se.

Estou agora em Brasília e acabei de voltar de uma cidade linda, que fica ao lado, chamada Pirenópolis. Você consegue chegar lá de ônibus em 1h30 ou 2h e, mesmo sendo uma cidade tão próxima, é completamente diferente da que estou. Sei que não é fácil, mas faça um investimento a médio ou longo prazo (para daqui um ou dois anos) pra você sair um pouquinho do seu mundinho e conhecer uma cultura diferente. Certamente, viajar fará você abrir os seus horizontes.

Quinto item: saia do padrão. Naturalmente, faça coisas diferentes. Obrigue-se! Vai tomar um suco? Não peça o mesmo suco de laranja que você sempre tomou. Peça algo diferente! Pergunte: “Você tem suco do quê? Dá pra fazer um de caju com laranja?” Provavelmente o garçom falará “Dá… mas eu não sei se ficará bom.” E daí? Faça! Caju com laranja, com melancia… Eu tomo um suco que adoro de melancia com laranja ou com abacaxi.

Quando você obriga o seu cérebro a entender as coisas pequenas que podem ser mudadas… Ah, mas com baixo risco, claro! Porque qual é o risco de escolher tomar um suco de laranja com caju? Qual o risco de pedir uma sobremesa que nunca pediu? Qual o risco de você colocar uma calça ou comprar uma camisa que não é do seu estilo? Nenhum risco! Na pior das hipóteses, você come outra sobremesa depois, toma outro suco no dia seguinte, não usa mais aquela camisa e dá para outra pessoa… Mas o interessante é que quando ousamos nas pequenas coisas, aquelas que representam baixo risco, estamos prontos para ousarmos em algo um pouquinho maior. Depois de um tempo, podemos ousar nas coisas grandes e aí a gente se inspira, saindo do padrão.

O último item me fez lembrar de uma frase muito legal sobre “solucionar problemas” que foi dita, certa vez, por um amigo meu: “Quando eu preciso de inspiração para solucionar um problema, eu não penso muito nele”. Olha que interessante: para se inspirar na resolução de um problema, ao invés de procurar métodos de inspiração, ele simplesmente desliga e não pensa nele. Isso porque ele sabe que o nosso subconsciente é muito poderoso e dará uma resposta no momento certo. Vai falar pra mim que você nunca sonhou com a resolução de um problema ou, por exemplo, enquanto tomava banho, teve uma super ideia? Pois é, este é o papel da nossa poderosa mente que sabe que a gente tem um problema e vai trabalhar no momento dela, sem estresse e sem pressão. Nosso cérebro trabalha muito melhor dessa maneira.

Então, inspire-se:

  1. com uma boa música;
  2. mudando o seu ambiente;
  3. vendo fotos e vídeos engraçados;
  4. viajando;
  5. saindo do padrão e achando lugares e coisas diferentes;
  6. não pensando no problema e deixando o seu cérebro trabalhar sem pressão, porque ele saberá dar a resposta certa e o fará no melhor momento.

Não tenho certeza se foi o Oliver Wendell Homes Jr. ou Albert Einstein (e pouca gente também tem essa certeza, porque a frase já rodou a internet inteira), que disse o seguinte: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”

Uma mente que sai do padrão, que tenta, que vê, sente, permite-se… essa nunca mais volta à forma que tinha antes.

E aí? Este artigo te inspirou? Espero que sim… Se quiser saber mais sobre o meu trabalho como palestrante motivacional, é só clicar aqui.

 

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SOBRE
RAFAEL BALTRESCA

Professor e palestrante desde 1999. Formado em Engenharia Eletrônica, iniciou sua carreira dando aulas de cálculo numérico e lógica de programação em escolas especializadas em reforço ao universitário.

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