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BalCast #2 – Protagonismo

Tempo de leitura: 3,5min

Ultimamente, tenho percebido que o tema protagonismo tem aparecido bastante nas convenções das quais participo. É muito comum ouvirmos hoje um gerente de empresa, gerente de marketing ou mesmo o presidente da instituição falando para todos os colaboradores que eles devem ser protagonistas e não coadjuvantes.

O protagonismo virou uma palavra comum, meio “carne de vaca” no meio corporativo. Em tudo quanto é lugar que eu vou, ouço pessoas falando que temos que ser protagonistas daqui e dali… Fiquei me perguntando: mas o que será protagonismo? Sempre que pergunto isso às pessoas, normalmente, as respostas que tenho são as seguintes: “protagonista é aquele que aparece mais (em um filme)”, “é aquele que está no cartaz”, “é o ator principal” e coisas correlatas.

Se pegarmos o filme Procurando Nemo, por exemplo, quem será o protagonista? Muitos dirão que é o Nemo, pois é ele que está no cartaz, ele é o ator principal (mesmo que seja apenas um peixinho), é o que faz mais sucesso, enfim. Conversei, então, com um diretor de cinema que me explicou algo e me fez pensar melhor sobre este termo: protagonista, quando pensamos em um filme, não é aquele que aparece mais ao longo da trama, mas aquele personagem que mais sofre mudanças durante o filme. Isso é o que eles chamam de arco do personagem.

Fazendo uma análise do filme Procurando Nemo sob este ponto de vista, a gente descobre então que o verdadeiro protagonista não é o Nemo, porque o personagem que mais sofre mudanças durante a trama é o Marlin, seu pai: ele começa de uma forma toda quadrada, como um pai conservador e protetor, e acaba mudando completamente ao longo da história, deixando seu filho fazer coisas que ele antes não permitiria. Marlin mostra-se um pai com a cabeça muito mais aberta ao final do filme.

Vejamos que interessante a visão deste diretor de cinema: protagonista não é o que aparece mais, não é necessariamente o personagem principal, mas sim aquele que mais sofre mudanças durante o filme.

Pensando agora no meio corporativo: quem é o protagonista então? Todos nós podemos ser! Se você se permite sofrer mudanças ao longo do seu dia de trabalho e de sua carreira, você pode ser sim um protagonista. É daí que vem o verdadeiro chamado: seja protagonista! Não no sentido de aparecer mais do que os outros, querer ser o principal, mas permitindo-se mudar, fazendo com que sua história dentro da organização (e porque não de toda a sua vida) seja uma história de mudanças e transformações.

Então, seja protagonista sim, transforme-se sim, prove novas coisas, novas ideias, faça coisas diferentes hoje, algo que você não fez ontem…

O mais interessante dessa ideia é que você pode ser protagonista no meio de mais 50 protagonistas. Todos nós podemos ser protagonistas ao mesmo tempo! Em uma empresa com 500 pessoas, podemos ter 500 protagonistas, desde que cada um tenha essa vontade e possua o hábito de mudar e fazer diferente hoje, de não ser a mesma pessoa que foi ontem.

Eu tento, ao meu modo, me transformar sempre: fazendo cursos novos, leituras novas, comportamentos novos, testando coisas que nunca fiz, entrando em meios onde nunca pensei que poderia estar…

Dessa forma, a vida fica muito mais gostosa; não fica aquela vida morna, pálida, branda… A vida fica cheia de estilos e descobertas. Aí sim eu posso ser (e você também) protagonista da minha própria história.

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SOBRE
RAFAEL BALTRESCA

Professor e palestrante desde 1999. Formado em Engenharia Eletrônica, iniciou sua carreira dando aulas de cálculo numérico e lógica de programação em escolas especializadas em reforço ao universitário.

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