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Pensamento crítico, uma obrigação

João acorda às 4 da manhã para abrir a padaria. Dá as mesmas ordens ao padeiro todos os dias. Às 5h30 já tem pão quentinho como sempre. Dona Zuleica acorda cedo e às 6 em ponto dá bom dia ao seu João enquanto pede “meia dúzia do francês”. Pega mais dois litros de leite e os recebe da mão da atendente que exibe o seu mal-humor matinal. Seu João sempre fica atrás do caixa. Só usa papel de pão e caneta Bic para as contas. Os chocolates ficam acima, sobre as pilhas empoeiradas e um pedaço de borracha velha.

 

Dona Zuleica voltará ao dia seguinte, mas, se o seu Manuel, da padaria ao lado, cobrar mais barato, ela nunca mais voltará ao Seu João.

Pensamento crítico, uma obrigação. Ou paramos e reavaliamos nossos processos, ou o tempo nos matará.

A rotina acima não é “privilégio” do Seu João. Ela acontece com o dono do supermecado, com o advogado e até em nossas relações com pais e filhos. A acomodação faz parte da gente. Nosso cérebro gasta menos energia quando não o movemos, quando ficamos quietinho deixando a vida passar.

Por outro lado, o marasmo físico e intelectual deteriora nossas relações e faz com que o nosso negócio morra. É só questão de tempo. Vai pagar para ver?

Lembra-se daquela energia de ousar, fazer diferente e dar o melhor de si, presente no início de sua vida profissional? Bom, agora é hora tê-la novamente, focar e repensar todos os processos de sua empresa. Se você é contratado e não tem um negócio próprio, a análise é a mesma, afinal, como dizia minha avó, “camarão que dorme na praia a onda leva”.

Seguem alguns passos para a avaliação crítica ”against the lazy shrimp”:

1 – Divida seu processo em passos. Um exemplo simplificado: a. Contato do cliente / b. Envio de orçamento / c. Entrega do serviço

2 – Analise criticamente cada passo, jogando perguntas à mesa:

a.       Como é o contato dos meus clientes? E-mail? Telefone? Por que não whatsapp, instagram, linkedin, facebook? Como facilitar ainda mais o acesso à minha empresa? Os e-mails enviados por nós têm todas as informações de contato no rodapé? Por que não adicionar uma foto no final do e-mail e nas páginas de contato? É importante meu cliente saber com quem está falando? Esta ideia humanizaria o contato, gerando mais confiança?

b.      Realmente preciso de nome, telefone, e-mail, cidade, bairro, endereço, cep, cnpj, cpf e tantas informações iniciais para enviar um orçamento? Será que não podemos deixar isso para uma segunda etapa? Podemos reduzir a burocracia de contato inicial? Como agilizar o envio do orçamento? É possível automatizar este processo? Por que não enviar um brinde ao prospect antes da contratação? Será que uma atitude inesperada geraria mais confiança?

c.       Estamos entregando no prazo? Como surpreendemos o cliente dando algo a mais? Pós-venda, nos preocupamos? Como criar um sistema automático de contato com os clientes após alguns meses? Pegamos depoimentos sobre nosso serviço? Como automatizar este processo?

3 – Execução e análise. Coloque essas ideias em prática e acompanhe a evolução dos processos. Deu certo? Gerou mais custos do que resultados? É preciso uma reavaliação?

Sinceramente, nunca ouvi um ditado tão estúpido como “em time que está ganhando não se mexe”. Estúpido, sim, porque em time que não se mexe, o tempo deteriora, enferruja e a onda leva. Camarão ou não.

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SOBRE
RAFAEL BALTRESCA

Professor e palestrante desde 1999. Formado em Engenharia Eletrônica, iniciou sua carreira dando aulas de cálculo numérico e lógica de programação em escolas especializadas em reforço ao universitário.

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