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Dá para motivar alguém ou toda motivação vem de dentro?

Escolhas. Nós vivemos de escolhas.
Escolhemos o que vamos vestir, o que iremos comer, onde queremos trabalhar, com quem queremos namorar, qual perfume usar, o tipo de sapato, a cor do cinto, a marca do relógio e até o sabor da calda do sorvete que ainda vamos escolher.

A pergunta é: será que somos nós mesmos quem escolhemos isso tudo? Será que a motivação é sempre interna? Ou, talvez, tudo comece com um estímulo externo e o que achamos que é interno seja meramente um reflexo do que vem de fora?

– Claro quem fui eu quem escolheu a minha roupa. Eu visto jeans e blusinha branca porque eu quero.
– E se você vivesse no regime Taliban? Você usaria as mesmas roupas?
– Aí, não. Mas a cultura é outra.
– Então, quem escolhe suas roupas? Você ou a sua cultura?

A conversa é longa. E pode gerar alguns desentendimentos. Principalmente quando o assunto é livre-arbítrio, algo tão falado nas religiões. Porém, o meu objetivo é outro, quero que façamos algumas reflexões, que pensemos em como nossas escolhas são influenciadas pelo meio.

Eu, Rafael Baltresca, nunca usei sapato marrom. Branco, então, nem pensar. Sapato tem de ser preto. Um dia desses, ouvi o seguinte comentário da minha mãe: “como você é parecido com o seu pai. Ele também só usava sapatos pretos”.

Eu não tenho dúvida alguma de que as escolhas que hoje penso serem minhas, são, simplesmente, reflexos do que eu vi, ouvi, senti e aprendi de um mundo externo no passado.

Quando se fala de palestrantes/livros motivacionais, geralmente ouvimos comentários do tipo “ninguém motiva ninguém”, “toda motivação é interna”, “autoajuda não serve para nada”. Discordo COMPLETAMENTE.

Acredito que nossas escolhas dependem do que vivemos e, principalmente, com quem vivemos, porém nos colocarmos em uma situação de “marionetes” fere-nos intimamente e faz-nos sair da condição de que escrevemos nosso próprio caminho, de que somos livres.

Concluindo, se toda a motivação é externa, se a cor de sapato que usamos, o tipo de sorvete que compramos e o modelo da calça que vestimos é um reflexo de um estímulo externo, às vezes imperceptível. Como um palestrante motivacional não pode gerar estímulos que irão refletir em equipes mais preparadas, em pessoas mais motivadas?

Creio que, quando nos colocamos em uma posição de refletido, e não refletor, quando encaramos e aceitamos isso, aí sim, inicia-se um processo de autocontrole. Como dizia Skinner, o pai do comportamentalismo: “eu sou livre à medida que controlo as condições que me controlam”. Mudando o meio em que vivemos, mudando as pessoas com quem convivemos, mudando nossos estímulos externos, provocamos as mudanças que queremos ter.

E este artigo? Será que a escolha de lê-lo agora foi legitimamente sua?
Pense nisso.

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SOBRE
RAFAEL BALTRESCA

Professor e palestrante desde 1999. Formado em Engenharia Eletrônica, iniciou sua carreira dando aulas de cálculo numérico e lógica de programação em escolas especializadas em reforço ao universitário.

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